Conheça o World Mosquito Program


O objetivo do World Mosquito Program, que conta com a parceria da Secretaria Municipal de Saúde, é promover a substituição de Aedes aegypti por mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, que têm capacidade reduzida de transmitir arboviroses como dengue, zika e chikungunya. O objetivo é que esses mosquitos, uma vez soltos na natureza, se reproduzam com os mosquitos de campo e gerem Aedes aegypti com as mesmas características, de forma a proteger o local das arboviroses.

 

As liberações desses mosquitos acontecem nas primeiras horas da manhã e são feitas pela equipe de Entomologia de Campo, de carro. Em determinadas regiões, esse trabalho é feito a pé, por agentes de vigilância em saúde e agentes comunitários de saúde da Secretaria Municipal de Saúde. A liberação é feita por algumas semanas e cada localidade pode receber até três rodadas de liberação.


Cerca de um mês após o início das liberações de Aedes com Wolbachia, começa o monitoramento da população de Aedes aegypti. Armadilhas são instaladas na casa de anfitriões, isto é, moradores e comerciantes locais que, voluntariamente, disponibilizam um local para a instalação da armadilha. Os anfitriões manifestam formalmente o aceite em colaborar com o World Mosquito Program.

 

Semanalmente, técnicos vão até esses locais para fazer a coleta dos mosquitos. Na sede do projeto, na Expansão do campus da Fundação Oswaldo Cruz, os mosquitos capturados são separados e identificados pois, além do Aedes aegypti, outras espécies podem cair na armadilha.

 

Na sequência, os Aedes aegypti são enviados para o Laboratório de Diagnóstico, onde são verificados um a um. Essa análise tem por objetivo identificar o DNA da bactéria Wolbachia no organismo do mosquito, e é um indicador do estabelecimento da população dos mosquitos aliados nas localidades atendidas pelo World Mosquito Program. Por meio desse diagnóstico, é possível verificar a porcentagem de mosquitos Aedes aegypti com Wolbachia em cada área.


O método não envolve modificação genética nem no mosquito, nem na bactéria, é natural e autossustentável.

 

Além do monitoramento dos Aedes aegypti com Wolbachia em campo, também é feito um estudo epidemiológico para identificar a eficiência desta metodologia no combate às arboviroses.


As ações do World Mosquito Program (WMP) avançam no Rio de Janeiro e a liberação de Aedes aegypti com Wolbachia chega a oito novos bairros, atingindo 408 mil habitantes. As áreas são: Bonsucesso, Brás de Pina, Complexo do Alemão, Manguinhos, Olaria, Penha, Penha Circular e Ramos.

 

 

Mais informações: http://www.eliminatedengue.com/brasil/
 




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