Com apoio da Prefeitura, o VOLTA Coletivo de Arte inaugura no dia 1 de julho, no Centro Cultural Parque das Ruínas, a exposição ‘Descomeço', como em Manoel de Barros, indicando caminhos e construindo percursos poéticos, que estimulam os sentidos em dimensões íntimas e ambientais. O evento é uma reação a todos os bombardeamentos que nos afetam. A criação coletiva tensiona uma noção estreita de autoria com ações visuais e presenciais. As obras serão montadas no dia da abertura.

 

O que é o VOLTA?

 

O VOLTA Coletivo de Arte é a união de artistas para a realização de um projeto e desdobramento da palavra ‘Ruína', inspirada no próprio espaço, que tem em si tem uma história de renascimento. Da crise, infere-se a possibilidade de transformação e a ênfase na ação coletiva que surge como saída para agir. Participam do VOLTA os artistas Ana Paula Lopes, Bruno Schmidt, Marcello Rosauro, Paloma Carvalho e Roberto Barciela.

 

Ana Paula Lopes e Paloma Carvalho, com ‘Efêmero e Estrutural', interferem diretamente na arquitetura com diferentes telas e ações realizadas por performers convidados reinventando o espaço original. Graduada em Pintura na UFRJ, tem Mestrado em Artes Cênicas na UNI-RIO, pós-graduação em Arte e Filosofia na PUC e em Preparação Corporal para o ator na Escola de Dança Angel Vianna. Participou do IX Salão de Arte Contemporânea de São Paulo e expôs no Museu Nacional de Belas Artes, entre outras. Paloma é Doutora em História Social da Cultura, pesquisadora de fenômenos cromáticos e visuais, professora de Teoria da Arte (Uerj) e Plástica (PUC), com experiência em Fotografia de Cinema.

 

Bruno Schmidt não vê distinção entre refugo, público ou privado. Em ‘Indigência', lambe-lambe toma de assalto o espaço institucional, como extensão da rua. Duração e finalidade são invertidos em peles que emergem, competindo com o incessante estímulo publicitário. O ‘Site Specific Maçã Branca', de Roberto Barciela, converte o olhar fotográfico - manifesto no ícone da maçã, alimento-símbolo da imortalidade -  num microcosmo. Frieza, vazio e impessoalidade surgem em fragmentos minerais imperfeitos. Existe uma armadilha, uma força que prepara o corpo do espectador para um movimento oscilatório, uma experiência de inversão. Schmidt e Barciela fizeram exposições na França nos três últimos anos.

 

Em ‘Infância Fóssil', Marcelo Rosauro transita entre sua memória e da filha. O passado atualiza-se nos muros de onde brotam figuras pop-ancestrais em baixo-relevo que emulam a recorrência de brinquedos. Artista interdisciplinar com trabalhos nos campos das artes visuais, design experimental, tipografia e música, é pós-graduado em mídias digitais interativas e mestrado em ergonomia, explora narrativas em técnicas de escultura.

 

Em julho de 2016, os cinco artistas se unem para promover uma possibilidade de abertura mediante a crise atual. Da questão Ruínas emerge Manoel de Barros e a proposta poética de um formato inovador: os artistas observam o prédio, ultrapassam os gêneros tradicionais de pintura e escultura, criando suas obras especialmente para o lugar.

 

Serviço:

Evento: Exposição Descomeço

Local: Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas

Endereço: Rua Murtinho Nobre, 169 – Santa Teresa, RJ.

Horário: Visitação de 02 de Julho a 31 de Julho de 2017, de terça a domingo, das 8h às 18h.

Abertura: dia 01 de Julho de 2017,  de 16h às 18h.

 

Datas das visitas guiadas (ação educativa);

Quarta feira, 05 de julho, 14h.

Domingo, 09 de julho, 11h.

Sexta- feira, 14 de julho, 14h.

Sábado, 22 de julho, 11h.

E no fechamento da exposição, no domingo, 31 de julho, 11h.

 

Ações Performáticas:

 

Domingo, dias 01, 15, 16 e 23, de Julho de 2017, às 15 h.

 

Artistas convidados para as performances:

Erika Schwarz

Daniel Leuback

Fabíola Godoi

Juliana Dalle

Leonardo Hinckel