Prefeitura oferece mais dez vagas para a residência em Medicina Veterinária

Medida vai ampliar o programa inédito de pós-graduação credenciado pelo MEC e conduzido pela Vigilância Sanitária


13/02/2019 11:08:00


A Prefeitura do Rio abre nesta quarta-feira, dia 13, o processo seletivo para a contratação de dez médicos veterinários para a Subsecretaria de Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses (Subvisa). A medida vai ampliar o programa inédito de residência profissional em medicina veterinária, lançado há um ano com dez residentes que desde então atuam nas três unidades de zoonoses do município. São dois anos em regime de dedicação exclusiva sob supervisão docente-assistencial, com carga horária de 60 horas semanais (de segunda a sábado) e bolsa mensal de R$ 3.330,00. A inscrição pode ser feita até esta sexta-feira (15/02), no Portal de Concursos.

 

A residência é um curso de pós-graduação credenciado pelo Ministério da Educação e oferecido pela Secretaria Municipal de Saúde, que tem a Vigilância Sanitária em sua estrutura. Podem se inscrever médicos veterinários sem limite de idade ou tempo de graduação. O edital com todos os detalhes estão no Diário Oficial desta quarta, 13, e no site da Vigilância Sanitária. As dúvidas podem ser esclarecidas pelos telefones 2976-1613 e 2976-1103, da Coordenadoria Técnica de Concursos, Admissão e Acumulação da Subsecretaria de Serviços Compartilhados, que funciona no 10º andar da ala B do prédio anexo da sede da Prefeitura, na Rua Afonso Cavalcanti, 455, Cidade Nova.

 

Uma das frentes de formação desenvolvidas pela Superintendência de Educação da Subvisa, o programa foi implantado em 2018 com os dez residentes da primeira turma que seguem por mais um ano no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), em Santa Cruz; e no Laboratório Municipal de Saúde Pública (Lasp) e no Instituto Jorge Vaitsman (IJV), que funcionam no mesmo complexo, na Mangueira. Ao longo desses dois anos, eles recebem conhecimentos em cinco áreas, repassados por técnicos altamente qualificados. São mestres e doutores em saúde pública com ênfase em zoonoses, arboviroses e controle populacional de cães; patologia animal; inspeção e análises físico-química e microbiológica de alimentos; clínica médica e clínica cirúrgica de animais de companhia; e vigilância e controle de zoonoses.

 

- A residência em medicina veterinária é uma modalidade de pós-graduação voltada, em especial, para os recém-formados, com treinamento profissional supervisionado em nossas unidades de zoonoses por tempo integral. Nosso principal objetivo é capacitar esse profissional que passa cinco anos na graduação, mas precisa de prática para ganhar o mercado de trabalho e atuar até mesmo no setor público - explica a médica veterinária Márcia Rolim, que há dois anos à frente da Subvisa vem intermediando uma série de programas diferenciados para o segmento, como o próprio programa de residência.

 

Foto: Nelson Duarte

 

 

Unidades de atuação dos residentes

 

Uma das unidades de atuação dos residentes é o centenário Instituto Jorge Vaistman, referência no Brasil para a vigilância em zoonoses, doenças que animais transmitem a humanos. O IJV iniciou suas atividades no diagnóstico dessas doenças e hoje oferece atendimento clínico e cirúrgico de animais domésticos, projetos para adoção e posse responsável. Sua equipe faz também a castração gratuita de cães e gatos para a diminuição da população de animais abandonados no município e controle de zoonoses, como a esporotricose, tipo grave de fungo que atinge principalmente gatos e afeta o homem.

 

A unidade conta ainda com um cemitério e crematórios que permitem uma destinação adequada a carcaças dos animais da população e das clínicas do município. Esse ano, com a contratação de novos profissionais, os atendimentos diários a cães e gatos no IJV aumentaram 100% (de 50 para 100). As castrações também cresceram: passaram de 14 para 20 por dia. Com o reforço, a unidade conta com mais dez vagas (foi de 50 para 60) para o tratamento da esporotricose, com um acréscimo de novos 200 atendimentos ao mês. No geral, o instituto contabilizou em janeiro último um crescimento diário de cerca de 70%: de 114 para 180.

 

Já o Lasp trabalha com o diagnóstico e monitoramento das doenças transmitidas por animais por meio dos laboratórios de zoonoses, entre eles, o de virologia (único que faz sorologia de raiva humana no estado do Rio) e o de anatomia patológica, que recebe os cadáveres de primatas para necropsia, contribuindo com o diagnóstico de febre amarela não só na cidade como em todo o estado. O Lasp tem diversos laboratórios de análises de água e alimentos que auxiliam as ações de vigilância e fiscalização sanitária no município.

 

Atendendo demandas solicitadas pela Central 1746, o CCZ realiza inspeções sanitárias em criações de animais em estabelecimentos veterinários e nos que comercializam animais e produtos veterinários em eventos com animais. As equipes do Centro atuam também com orientações e monitoramento de infestação de insetos, roedores, pombos, morcegos e peçonhentos. A exemplo do IJV, o CCZ promove vacinação antirrábica animal em campanhas e em postos permanentes de imunização, e ainda o resgate de cães e gatos suspeitos de zoonoses ou feridos em áreas públicas, o resgate de animais de grande porte em vias públicas sob riscos de acidentes de trânsito e ações de educação em saúde.

 

O Centro também recebeu reforço de novos profissionais, o que permitiu a unidade aumentar em 70% os atendimentos semanais: de 180 para 300.