Prefeitura do Rio celebra o Dia do Feirante neste sábado

24/08/2018 17:25:00  

A Prefeitura do Rio celebra, neste sábado (25/08), o dia daquele que é responsável por levar alimentos saudáveis às nossas mesas: o feirante, trabalhador incansável que madruga para montar suas barracas e levar a seus clientes produto de qualidade e bom preço. E, para atrair a atenção do público, abusam da criatividade, com expressões que caíram no gosto popular, como "Aqui moça bonita não paga, mas também não leva" ou "aqui é barato, o marido da barata". Faça chuva ou faça sol, eles estão sempre lá, com sua simpatia e carinho.

 

 

 

 

Na maioria das vezes, o trabalho de feirante é fruto de tradição familiar, em uma cultura que passa por gerações: plantar, colher e comercializar para garantir o sustento da família. E, mesmo em tempos de crise, os filhos não pensam duas vezes quando decidem seguir o mesmo caminho que seus avós e pais.

 

Além dos produtos alimentícios, que também incluem os orgânicos, os feirantes oferecem hoje uma infinidade de opções para a clientela: doces, farinha, pescados, carnes e linguiças defumadas, os tradicionais pastéis fritos na hora - acompanhados de delicioso caldo de cana, utensílios de cozinha, consertos e roupas, entre muitas outras.

 

 

 

 

Onde encontro uma feira perto da minha casa?

 

Para aqueles que não tiveram a oportunidade de ver de perto o trabalho dos feirantes, Prefeitura do Rio disponibiliza a relação completa de feira livres na cidade. Clique aqui e saiba qual é a mais próxima de você.

 

 

 

 

 

E você, sabe como surgiram as feiras?

 

Desde a formação das primeiras cidades, cerca de 3.000 anos A.C., as formas de trocas comerciais começaram a se organizar em centros específicos onde as pessoas concentravam-se para vender e comprar o que lhes interessava. Os centros comerciais tiveram evoluções diferentes na Idade Antiga, de acordo com as civilizações, tanto no Ocidente quanto no Oriente.

 

O modelo de feira livre tal qual o conhecemos hoje em dia surgiu na Baixa Idade Média, a partir do século XI, quando ocorreu o chamado Renascimento Comercial e Urbano na Europa, que deu origem aos burgos - cidades que passaram a comportar um número elevado de pessoas vindas de várias regiões (principalmente da África e da Ásia) e que tinham interesse em matérias-primas, alimentos, tecidos, artesanato etc. A principal forma de organização das trocas de produtos nessas cidades eram as feiras. A disposição de tendas para a venda dos produtos em um só lugar, em determinado dia da semana, facilitava as trocas comerciais para todos.

 

Com o início da colonização do Brasil, a partir do século XVI, o modelo chegou veio com os portugueses. Desde os primórdios da Vila São Paulo, que daria origem à cidade de São Paulo, há relatos de bancadas de verduras montadas nas ruas para comércio.

 

Uma das feiras de São Paulo que ganharam fama foi a do Largo General Osório, que, até 1914, ocorria de forma desordenada, causando certa confusão em torno desse tipo de comércio. O então prefeito de São Paulo, Washington Luís, por meio do Ato 710, de 25 de agosto de 1914, conseguiu instituir a criação de mercados francos como forma de regularizar minimamente a situação das feiras livres. Desde então, o Dia do Feirante no Brasil está associado a esse primeiro documento que tornou regular na cidade de São Paulo um dos ofícios mais antigos do mundo.

 

 

No Rio de Janeiro, a lei que regulamenta a organização de feiras livres no município é de 1984. No ano seguinte, uma alteração no texto ditou as regras para um dos produtos mais tradicionais das feiras caldo de cana. Com a mudança, desde então, somente veículos motorizados e vistoriados podem ser usados para fazer a bebida.




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