Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro

 

 


 

Programa Territórios Sociais trabalha para reduzir vulnerabilidade de famílias em extrema pobreza

28/07/2017 18:10:00  » Autor: Flávia David / Fotos: IPP


Levar infraestrutura à uma população desatendida por serviços básicos, em situação de extrema pobreza. Essa é a missão da Prefeitura do Rio, que atualmente trabalha para mudar a vida de famílias cariocas de 180 territórios da cidade com baixo Índice de Desenvolvimento Social (IDS). Resgatar a dignidade dessas pessoas é a meta do "Programa Territórios Sociais", elaborado pelo Instituto Pereira Passos (IPP) e coordenado pela Secretaria Municipal da Casa Civil (CVL). A iniciativa, que conta com parceria das secretarias municipais de Educação, Saúde, Assistência Social e Direitos Humanos, Desenvolvimento, Emprego e Inovação, Habitação e Cultura, dará suporte às famílias com um plano integrado de ações que ofertará os serviços que mais necessitam.

 

A seleção dos núcleos familiares começou na segunda semana de julho, com a realização de 10 mil entrevistas que identificaram 1.205 grupos nessas condições, especialmente na Zona Oeste.

Na semana passada, teve início a fase de aplicação de questionários mais direcionados que avaliarão suas necessidades. Em seguida, as famílias serão encaminhadas para o atendimento. 

 

- Esse programa começou a ser desenhado em 2015, mas não saiu do papel. Nós o apresentamos à atual gestão e as secretarias se prontificaram em nos apoiar. O grande objetivo do IPP é monitorar as condições de vulnerabilidade e direcionar as ações da prefeitura. Queremos ajudar famílias que não estão no nosso cadastro, àquelas consideradas ‘invisíveis' mesmo - disse a diretora de Projetos Especiais do IPP e coordenadora do programa, Andrea Pulici.


 

A seleção das famílias a serem atendidas pelo programa é feita pelo IPP, por meio de rigoroso mapeamento em territórios mais precários. Esse trabalho é baseado no Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), programa que avalia as condições de saúde e educação dessas pessoas. Já em campo, os pesquisadores aplicam o Questionário do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em todas as casas com o objetivo de classificar o risco familiar. Dependendo do nível de vulnerabilidade apresentado, são encaminhadas para o pacote de ações.

 

E o trabalho não para. Após seis meses do início das ações, o programa voltará a avaliar o risco social das famílias atendidas e, ainda que tenham saído da situação de risco, o acompanhamento prosseguirá por mais dois anos.

 

- Temos um sistema de acompanhamento constante dessas famílias. Se há crianças na família que estão fora da escola, por exemplo, acompanhamos essa criança até que isso seja resolvido - completou Andrea.

 

Com acompanhamento constante do IPP, os pesquisadores de campo foram selecionados e treinados pelo Instituto Qualitest, parceiro do programa. De acordo com o órgão municipal, serão analisados mais 10 mil domicílios no próximo mês, em várias regiões da cidade.




Serviços Serviços