Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro

 

 


 

Crivella quer gestão do Porto do Rio nos moldes de Roterdã

14/06/2017 11:00:00  » Autor: Fotos: Divulgação e Ricardo Cassiano


O Porto de Roterdã, na Holanda, o mais importante em atividade econômica na Europa, servirá de modelo para o prefeito Marcelo Crivella implementar o projeto de municipalização das operações portuárias na cidade. Com esse objetivo, Crivella se reuniu, nesta sexta-feira (16/06), com representantes da Port of Rotterdam Internacional, empresa que administra o porto holandês e movimenta cerca de 465 milhões de toneladas por ano, mais do que o dobro do segundo maior porto europeu, Antuérpia, na Bélgica, e três vezes mais do que o Porto de Hamburgo, na Alemanha.

 

O prefeito esteve reunido com o diretor comercial, Roland van Assche (foto); o gerente diretor Peter Lugthart; e gerente comercial, Frans Hellenthal, que informaram que o Porto de Roterdã gera cerca de 150 mil empregos diretos (60 mil) e indiretos (90 mil). Segundo eles, há uma interação muito grande com a cidade de Roterdã e é o maior empregador nessa região.

 

O Porto de Roterdã tem uma escola de atividades portuárias, que presta, inclusive, cooperação a portos no Brasil, tais como Vitória e Fortaleza. A Prefeitura do Rio pretende firmar uma cooperação entre o Rio e Roterdã.

 

Seguindo, assim, o exemplo do porto holandês, o Porto do Rio deve ampliar o seu calado, que hoje não passa de 12 metros, para 26 metros, a fim de permitir a entrada de todo tipo de embarcação, inclusive o recebimento de supercargueiros.

 

Em abril passado, ao entregar a proposta de municipalização ao ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, em Brasília, o prefeito do Rio lembrou que a União já havia concedido a gestão de portos a outros municípios do País. Crivella ressaltou a importância econômica e estratégica para a cidade e para o estado, acrescentando que o Porto do Rio tem capacidade para movimentar 5,5 milhões de toneladas de carga. Na ocasião, o prefeito estimou que a municipalização do porto renderia receitas de, no mínimo, R$ 100 milhões por ano.

 

A autoridade do Porto de Roterdã é formada por várias empresas que, em pool, tem uma administração central, a Agência Portuária. Assim, eles administram o Porto, que é propriedade da cidade de Roterdã, mas sua gestão é realizada por terceiros por meio de concessão. Este modelo pode ser adotado no Rio de Janeiro, caso o porto seja municipalizado.
 
 
O Porto de Roterdã tem complexo industrial, logístico e de serviços conectado pelo mar ao mundo e por via fluvial e terrestre ao centro da Europa. O complexo industrial inclui galpões e tanques de armazenamento de produtos, refinarias, indústrias químicas, bioenergéticas e alimentícias, plantas de produção de energia (carvão, gás, biocombustíveis).

 

A empresa que administra o porto holandês busca criar uma rede de portos na Europa, América Latina, Oriente Médio e Caribe, além de deter 50% de participação no Porto de Sohar, em Oman (Península Arábica), cujo movimento de carga cresceu de 4 milhões de toneladas para 45 milhões de toneladas nos últimos dez anos.

 

Também participaram da reunião o secretário municipal de Conservação e Meio Ambiente, Rubens Teixeira, e o coordenador de Relações Internacionais, Antônio Fernando Mello.




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