Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro

 

 


 

Parceria com líderes religiosos pretende traçar política pública para população de rua

21/03/2017 22:43:00


A Prefeitura do Rio deu o pontapé inicial para criar uma parceria com as igrejas no tratamento da população de rua. Na tarde desta terça-feira (21/03), o prefeito Marcelo Crivella e a secretária municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, Teresa Bergher, se reuniram com líderes religiosos para discutir de que forma seria possível traçar uma política pública que envolva o município e as entidades religiosas.

 

A ideia central é adequar os templos para que possam funcionar como um local de passagem, onde os moradores de rua possam receber algum apoio, refeição, orientação e tratamento.

 

O prefeito lamentou o crescimento do desemprego, que vem deixando ao relento milhares de trabalhadores. 

 

- A Teresa está aqui para pedir uma parceria de vocês com a prefeitura, para que possamos enfrentar este enorme desafio. Vamos fazer mais com menos, num momento de crise, que temos 210 mil desempregados na cidade, que vão levar em média oito meses para conseguir um novo emprego. As filas estão grandes. Há pessoas que não conseguem voltar para casa por falta de dinheiro. E tem a população de rua que vaga, que não acredita mais na vida. Nós precisamos ir para as ruas em parceria com as igrejas para mudar este cenário. E visitar os abrigos também - afirmou Crivella.

 

A secretária Teresa Bergher lembrou da dificuldade de tirar quase 15 mil pessoas das ruas, num momento delicado, de crise econômica no país:

- Nós precisamos que as igrejas abram as suas portas para estas pessoas. Sem as parcerias com a igreja vai ser muito difícil mudar esta situação que se agrava ainda mais com a crise do governo do Estado que fechou vários abrigos - disse Teresa, que constatou que é insuficiente o número de abrigos e de centros pop (centros de passagem de moradores de rua) para acolher tanta gente.

 

A subsecretária de Proteção Básica e Especial, Ana Flor, ressaltou a dificuldade de convencer o morador de rua a ir para o abrigo. E é exatamente aí que entraria a parceria com as igrejas.

 

- Nós precisamos de um espaço intermediário, para que a pessoa possa tomar um banho, para que a nossa equipe possa conversar com ela e aos pouquinhos convencê-la a ir para o abrigo. Não vamos conseguir num primeiro momento, mas a gente vai dando dignidade à pessoa para que possa ser reinserida à sociedade. E vocês podem nos ajudar - apelou.




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