Praça na Zona Portuária que homenageia marco da navegação mundial é revitalizada

Publicado em 11/02/2020 - 12:12 | Atualizado em 11/02/2020 - 17:12
Revitalizada, praça representa marco da expedição de Fernão de Magalhães no Rio, há 500 anos. Foto: Marcos de Paula/ Prefeitura do Rio

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, inaugurou nesta terça-feira, (11/02), a revitalização de uma praça em frente à Roda Gigante Rio Star, na Avenida Rodrigues Alves, no Santo Cristo, na Zona Portuária. Batizada com o nome de Circum-Navegação, o local é uma homenagem ao navegador português Fernão de Magalhães, que há 500 anos, fez a primeira viagem marítima ao redor do mundo. O endereço é um marco da passagem da frota de Magalhães pelo município. Autoridades portuguesas no Brasil prestigiaram a solenidade.

– Nós não podemos deixar de proclamar, que na origem do povo brasileiro existe a fibra de uma nação que não se conformou com o determinismo de viver entre a Espanha e o mar. E na força de seus navegadores cruzou os abismos para construir novos mundos. O Brasil é herança dessa valentia e dessa bravura. É um momento histórico e eu tenho certeza que, cada carioca que vier aqui (na praça) e puder recapitular essa história vai ficar muito orgulhoso – afirmou Crivella.

A praça, de 1.310 metros quadrados, ganhou reforço no paisagismo e na iluminação com 10 luminárias de LED. Há quatro bancos que seguem o padrão do Boulevard Olímpico da orla, além de outros de granito. Durante as obras para a construção da roda gigante, a praça teve o piso danificado, por conta do trânsito de veículos pesados. O pavimento foi refeito.

 

Em frente a Roda Gigante Rio Star, praça tem “simbolismo especial”, dizem portugueses. Foto: Marcos de Paula/ Prefeitura do Rio

 

Para o embaixador de Portugal no Brasil, Jorge Cabral, a praça simboliza a ligação e irmandade entre Brasil e Portugal.
– É uma referência que vai ficar aqui no Rio de Janeiro com exemplo para o mundo inteiro. O governo português está comemorando, desde o ano passado, os 500 anos da primeira viagem de circum-navegação. Nós consideramos essa viagem muito importante. O Rio de Janeiro foi o primeiro porto onde Fernando Magalhães aportou, o que reforça ainda mais a amizade entre os dois povos, os dois países – ressaltou Cabral.

Jaime Leitão, consul geral de Portugal no Rio de Janeiro, agradeceu a Prefeitura pelas obras.

– A recuperação desse espaço se deu, graças aos esforços conjuntos entre o Consulado de Portugal e a Prefeitura, representando nossa boa relação. O prefeito Marcelo Crivella se empenhou ao máximo para realizar nosso sonho de ver essa praça revitalizada e batizada em homenagem a Fernão de Magalhães. Esse lugar é estratégico, marcante, em frente a uma roda gigante, que nos remete simbolicamente à volta ao mundo que nosso herói português deu ao redor do planeta – disse o consul. Segundo ele, cerca de 500 mil portugueses vivem hoje no Rio.

Pouco depois dos gritos de “Viva Portugal” e “Viva o Brasil!”, selando a confraternização dos representantes dos dois povos, a secretária de estado das comunidades portuguesas, Berta Nunes, também fez questão de exaltar a importância da solenidade.

– É mais um símbolo que guarda a memória de uma história comum de Portugal e do Brasil. A circum-navegação é um evento muito importante na história da humanidade, porque descobriu, para os europeus, muitas terras desconhecidas, e mostrou a importância do conhecimento da multiculturalidade que reforça os traços entre Portugal e Brasil – comentou.

O que foi a Circum-Navegação?

Trata-se da primeira volta naval ao redor do mundo, feita há cinco séculos, empreendida pela expedição de Fernão de Magalhães e Juan Sebastián Elcano. Com destino às ilhas das Especiarias, as Molucas, navegou-se do Ocidente para o Oriente, percorrendo a América do Sul em busca de uma passagem marítima para o oceano Pacífico. Em 13 de dezembro de 1519, a expedição chegou à Baía de Guanabara, e o Rio foi o primeiro porto visitado nas Américas. A frota tinha cinco naus e saiu da Espanha, em 1519, com cerca de 250 tripulantes, comandada por Magalhães, que morreria em terras do Oriente. O percurso se completou em 1522, retornando somente a nau Vitória, com apenas 18 tripulantes, sob o comando de Elcano.

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