Escola municipal investe em ensino de qualidade e é disputada por famílias que buscam vaga para seus filhos

Publicado em 16/01/2020 - 07:08 | Atualizado em 16/01/2020 - 07:17
A entrada da Escola Municipal Roberto Burle Marx, em CuricicaA entrada da Escola Municipal Roberto Burle Marx, em Curicica. Foto: Arquivo pessoal

Janeiro é mês de férias, de salas de aula vazias. Mas, enquanto alunos curtem a folga, diretores continuam trabalhando para oferecer ensino de qualidade. A Escola Municipal Roberto Burle Marx, que fica em Curicica, por exemplo, está aprimorado um projeto de monitoria no contraturno, iniciado no meio do ano passado: orientados por professores, alunos oferecem auxílio a colegas com dificuldades.

A iniciativa é uma das propostas de sucesso em andamento na unidade que, em 2017, foi a terceira escola mais bem pontuada no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) nos anos iniciais (7,8) e a quinta mais bem colocada nos anos finais (6,4), entre os colégios da rede municipal do Rio. O Ideb é divulgado a cada dois anos e leva em consideração dados do Censo Escolar e de avaliações como a Prova Brasil.

Os bons resultados fazem aumentar a procura pela escola, e, dizem os pais que buscam uma oportunidade para seus filhos, já houve ano em que a relação candidato-vaga da Burle Marx superou a concorrida seleção para o curso de medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que já chegou a registrar mais de 40 inscritos por vaga.

Este ano, a escola não teve seleção pela internet. Os 60 alunos que vão ingressar na unidade em 2020 são oriundos da creche municipal vizinha. Com turmas da educação infantil ao 9º ano, a Burle Marx tem hoje 615 estudantes.

Sara de Carvalho Castro, diretora da Escola Municipal Roberto Burle Marx
Sara de Carvalho Castro, diretora da Escola Municipal Roberto Burle Marx. Foto: Arquivo pessoal

Quem comanda a escola desde a inauguração é a diretora Sara de Carvalho Castro, que tem 50 anos de magistério e há 21 está dedicada à coordenação de unidades. Para ela, estar na função desde a inauguração do colégio tem sido importante para garantir a continuidade de um programa político-pedagógico e, assim, o sucesso de alunos.

– Trabalho com crianças e jovens de classe média e de comunidades. Mas na escola são todos iguais. Se alguém está com dificuldade, é abraçado. A monitoria, por exemplo, ajuda a resgatar esse aluno. Temos que mostrar que ele é capaz. Isso evita a evasão – conta Sara, acrescentando que age assim porque sempre acreditou no ensino público. – Preparo meu aluno para chegar bem ao ensino médio. Escolas particulares da região costumam disputar nossos melhores estudantes, oferecem bolsa.

Segundo Sara, 60% dos estudantes da Burle Marx são da comunidade Asa Branca, em Curicica; 20%, de bairros como Recreio e Freguesia; e, os demais 20%, de condomínios vizinhos como Rio 2 e Cidade Jardim.

– Dentro da escola não há diferença. Faço questão que estejam todos penteados, com o uniforme em dia. E as famílias entendem isso, que isso é importante para a autoestima deles. Brinco que sou meio sargentona, mas gosto de acompanhar de perto. No recreio sempre estou com eles, gosto de saber se o lanche está bom. Quero saber se estão satisfeitos com a escola.

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