Assistência inaugura URS Casa das Margaridas em Campo Grande

Publicado em 02/12/2019 - 19:47 | Atualizado em 02/12/2019 - 22:23

Unidade da SMASDH abriga 20 mulheres grávidas e usuárias de substâncias psicoativas

O secretário municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, João Mendes de Jesus, inaugurou a Unidade de Reinserção Social (URS) Casa das Margaridas, na manhã de hoje, em Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Parte da equipe técnica da SMASDH
Fotos: Richard Santos / Prefeitura do Rio

A URS, que tem capacidade para acolher 20 pessoas, entre mães, bebês e filhos até 12 anos de idade, tem como objetivo a construção de um espaço de proteção para mãe e o bebê, por meio de articulações e metodologias específicas, além da criação de espaço de cuidado compartilhado entre assistência social, saúde e demais políticas públicas.

João Mendes disse que a URS é uma casa que tem um perfil específico para tratamento de mulheres, vítimas das drogas, porque, segundo ele, reduzir a vulnerabilidade dessas mulheres que estão nas ruas, uma vez grávidas, em uso de drogas, pode-se imaginar como sofrem quando passam por momentos de gestação sem um acolhimento.

“Queremos trazê-las para que possamos cuidar não só da mãe, como também da criança e do bebê, mantendo esses vínculos bastante estreitos, o que significa dizer que quando você tem a mãe tem a criança e tem o bebê também ao lado, com a assistência de psicólogos, das assistentes sociais, das pedagogas, de todos os técnicos da Prefeitura e toda a rede de saúde, que está conveniada, prontamente solidária a atender quaisquer necessidades que ocorram às mulheres acolhidas. Esta casa inaugurada é de suma importância” — afirma João Mendes.

O secretário da SMASDH agradeceu à primeira dama do Rio, Sylvia Jane Crivella, por ter escolhido o nome Casa das Margaridas para a da URS de Campo Grande. Por sua vez, a subsecretária de Proteção Especial, Danielle Murtha, disse que a construção da nova unidade da Assistência para as mulheres grávidas e usuárias de crack, com o apoio da Saúde e de outros parceiros, servirá de exemplo para os estados da Federação.

“Agora, essas pessoas poderão compartilhar suas angústias, além de exercer a maternidade de uma maneira mais tranquila. Exercer o direito da maternidade. Essa é alma desse projeto. Queremos que as mulheres que chegam aqui possam se sentir acolhidas por essas margaridas todas que estão aqui para ajudar a superar obstáculos” — disse Danielle Murtha.

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, foi representado pelo superintendente de Campo Grande, Jorge Amaral, que ressaltou o compromisso da administração Crivella que é olhar pelos menos favorecidos.

“É a sensibilidade do nosso secretário, João Mendes, a sensibilidade do nosso prefeito Marcelo Crivella em cuidar das pessoas. Campo Grande é o bairro com maior densidade populacional da cidade do Rio de Janeiro, e esta casa está aqui no bairro. Apesar de atender a cidade, tem uma representação muito grande. A rede que faz um papel fundamental na elaboração de políticas públicas. Eu me sinto feliz, junto com prefeito Marcelo Crivella, de verdadeiramente cuidar das pessoas” — afirma o superintendente emocionado.

Direito à maternidade — Jéssica Almeida, (nome fictício), de 26 anos, disse que parou nesta unidade porque ela estava em situação de rua e atualmente faz um tratamento para tuberculose.

“Eu faço tratamento na Clínica da Família em Manguinhos e participo do programa “Consultório na Rua”, onde tenho o acompanhamento do pré-natal. Eles que me encaminharam pra cá. Quando eu cheguei aqui, eu me senti na casinha de boneca, porque aqui tem um clima acolhedor, que faz a gente se sentir bem, e aos poucos você vai se adaptando e vai conhecendo as pessoas. A minha gravidez foi algo que eu não contava, foi algo que aconteceu, mas eu vou amar o meu bebê acima de tudo” — enfatiza Jéssica, emocionada e com a mão na barriga.

Elaine Militão, coordenadora da 9ª CASDH, disse que a inauguração desta casa é um ganho não só para Campo Grande, mas para todo o município, a informar ainda que atualmente a Casa das Margaridas é a única URS que atende o público de mulheres grávidas com algum tipo de dependência psicoativa, sendo, inclusive, considerado um trabalho diferenciado.

A casa conta com uma estrutura de cinco quartos, sendo que quatro banheiros, bem como atenderá demandas vindas de vários órgãos, a exemplo de Saúde, CREAS, CRAS ou qualquer órgão que necessite de cooperação da Casa das Margaridas e, consequentemente, da Assistência Social.

Participaram também da cerimônia de inauguração as coordenadoras das CASDH, a subsecretária de Proteção Social Básica, Rita Valéria Stefenon, a assistente social Rejane Matheus, da SUBPM, o Administrador Regional Sebastião Nascimento, e o Coordenador de Transportes AP.5, João Labre, além de parceiros da rede social da Assistência Social.

O secretário da SMASDH, João Mendes de Jesus, e o subsecretário executivo da Pasta, Alessandro Costa.

 

Acolhimento solidário e humanitário — O Projeto “URS Casa das Margaridas”, acolhimento institucional para gestantes e bebês é promovido pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SMASDH), compõe-se por um espaço de apoio às mulheres grávidas ou puérperas com seus bebês, em situação de extrema vulnerabilidade, que fazem uso abusivo de substâncias psicoativas, construindo as articulações e metodologias adequadas e necessárias à integralidade do atendimento à mulher, ao bebê, de suas famílias por meio do fortalecimento de seus vínculos afetivos, familiares e comunitários, bem como da garantia de seus direitos.

A Casa das Margaridas visa ainda implantar o serviço de acolhimento institucional para 20 pessoas (mulheres adultas acima de 18 anos, grávidas e recém-mães e seus bebês), usuárias abusivas de drogas, promovendo um processo de autonomia e reinserção social. A unidade da SMASDH propõe também uma modalidade de atendimento que promova o desenvolvimento humano por meio de educação, acesso à cultura, trabalho e lazer. As ações devem ser norteadas por princípios éticos, respeitando a pluralidade cultural, no sentido de promover a saúde física e mental, levando em consideração a singularidade de cada mulher e seu bebê, visando seu bem-estar e sua reintegração familiar, comunitária e social.

 

 

 

  • 2 de dezembro de 2019
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